segunda-feira, 5 de abril de 2010

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EDUCAÇÃO NO LIXO

O jornal O DIA trouxe hoje uma reportagem que muito nos entristece. Há uma semana, alguns alunos da Escola Municipal General Humberto de Souza Mello espancaram a Diretora da unidade escolar, quando ela tentava separar uma briga.
É lamentável que a violência tenha chegado à escola, um lugar onde o professor deveria ser visto como um parceiro, um amigo, um irmão mais velho, uma segunda mãe ou um segundo pai.
É justamente o professor, que se desdobra e dá o seu suor para cumprir prazos, corrigir provas, planejar aulas, organizar projetos, quem mais sofre com esse tipo de comportamento. Foram-se os tempos (graças a Deus) em que o professor era respeitado pela sociedade e temido pelos alunos. Felizmente essa pedagogia ficou para trás por entendermos que o professor não é o dono do saber. Ele é um parceiro, uma espécie de irmão mais velho, um amigo, a bússola para que o aluno encontre um bom caminho e possa realizar seus sonhos e ser um cidadão de bem.
Eu costumo dizer aos meus alunos que nosso maior orgulho é quando encontramos um ex-aluno na rua ou recebemos sua visita na escola e ele nos conta de seus projetos, de suas conquistas, não importando a posição social que ocupa. O que nos enche de orgulho é que ajudamos a promover mais um cidadão.
Não é novidade para nenhum ser vivo no Brasil, que o professor ganha pouco e ganha mal. Apesar disso, não é apenas por dinheiro e muito menos status que decidimos abraçar esse ofício.
Infelizmente ano após ano, eleição após eleição, nossas autoridades aparecem sempre com as mesmas “piadas”. A última delas foi a aprovação automática. Nos bastidores, eles riem de nós. O início do período letivo é sempre um caos, para nós e para os alunos. O resultado não poderia ser outro: Professor desvalorizado, educação precária, senso crítico abaixo do ridículo e uma população refém de uma mídia que potencializa o uso do corpo, do sexo, da violência e do consumo em detrimento da instrução como forma de libertação. Com isso, temos pais cada vez mais alienados, jovem cada vez mais sem referências de valores sociais e sem a menor noção do que é família, escola, religião, regras, etc.
Enfim, muitos pais estão “despejando” seus filhos nas escolas como se livram de um entulho que o atrapalha. Nós temos que ensinar o aluno a dar bom dia, pedir licença, agradecer, dizer ”por favor”...
Estamos perdendo uma batalha na qual passamos de escudo a alvo. Das armas só nos restam os livros e o silêncio, pois a palavra e o pedido de paz ofendem os alunos. Eles estão preferindo outros “ídolos”.
Com a palavra, a sociedade!

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