segunda-feira, 7 de setembro de 2009

ATENÇÃO 3001 EJA!!!!!!

REFLEXOS DO GOLPE MILITAR DE 1964

Quando aconteceu o golpe militar, alguns acharam que a situação seria passsageira. Porém, como havia acontecido outras vezes, os militares se articularam e agiram na calada da noite. Era necessário que a população se organizasse para derrubar o regime.
A história mostra que a direita sempre foi mais organizada do que à esquerda, por isso, quando os militares assumiram criaram os famosos Atos Institucionais, mais conhecidos como Ais. Com os Atos Institucionais chegaram também as perseguições e torturas. Todos os Ais afetaram a sociedade brasileira, porém o AI-5 foi mais desumano, deixando grandes seqüelas, físicas e psicológicas na sociedade.
O AI 5 foi instalado no Brasil, durante o governo de Arthur da Costa e Silva, publicado em 13/12/1968, que lhe concedia o direito de fechar o Congresso Nacional, decretar intervenção em Estados e municípios e suspender garantias como o habeas corpus.
Com o AI-5 a Censura se tornou implacável. Espetáculos teatrais, músicas, filmes, novelas e principalmente notícias tinham que passar pelo crivo dos censores. Com isso, as prisões, desaparecimentos e torturas não podiam ser noticiados. Os assuntos cortados eram substituídos por obras literárias como poemas ou até mesmo por receitas. Alguns autores tornaram-se vítimas preferenciais. O compositor Chico Buarque de Holanda foi obrigado a criar um personagem, ao qual deu o nome de Julinho da Adelaide. Por exemplo: um samba, enviado a julgamento sob o nome de Chico Buarque era vetado. Quando assinado por Julinho da Adelaide, passavam sem corte.
Diante dessa situação, muitos estudantes, sindicalistas e religiosos decidiram lutar contra o governo militar, enfrentando o AI-5. Muitos foram presos, torturados física e psicologicamente, outros morreram dentro dos porões da ditadura. Outros foram exilados ou deixaram o país por conta própria. Alguns preferiram viver na clandestinidade lutando para derrubar o regime militar instaurado em 1964. E é dentro desse contexto que vamos encontrar Marighella e os freis dominicanos.

OS FREIS DOMINICANOS VOLTADOS ÀS QUESTÕES SOCIAIS
Durante os anos 60 surgiram muitos movimentos sociais como sindicatos e projetos de alfabetização na cidade e no campo e mobilizações populares.
A Igreja Católica foi um dos espaços escolhidos para reuniões e articulações desses movimentos. Tanto leigos como religiosos participavam ativamente da luta contra a ditadura.
Naquele período, o mundo ainda estava divido entre duas ideologias imperialistas: o comunismo, sob a influência da União Soviética e o capitalismo, liderado pelos Estados Unidos.
Em 1959 Cuba promoveu uma revolução que pôs fim a uma ditadura que favorecia diretamente os EUA. Com o apoio de camponeses e operários, Fidel Castro e Ernesto Che Guevara retiraram do poder Fulgêncio Batista e implantou um governo socialista. O modelo de educação com ênfase na erradicação do analfabetismo e na formação de professores, assim como a saúde preventiva tornaram-se um exemplo a ser seguido por aqueles que pretendiam fazer o mesmo no Brasil e em toda a América Latina. Daí a preocupação do governo norte-americano para que a revolução não se espalhasse pelo continente. Eliminar o comunismo do mundo era a principal preocupação dos Estados Unidos.
O mundo religioso também se preocupava com o avanço comunista e consequentemente com a perda de fiéis. O papa João XXIII vê então a necessidade de convocar o Concílio Vaticano II. Segundo ele, a igreja deveria manter suas portas abertas para esclarecer os fiéis através de palestras, discussões e documentos sobre a situação mundial.
É nesse contexto que surgem os religiosos da ordem dominicana, preocupados com a situação siocial do Brasil. Os jovens dominicanos acreditavam que viver o evangelho era integrar-se à comunidade através de práticas sociais, e para isso tornar-se necessária atuarem dentro da sociedade com participações sociais, políticas e econômicas. Esse grupo de dominicanos havia sido inspirado pelos ensinamentos filosóficos e teológicos da linha humanista francesa e também pelos discursos realizados dentro co Concílio Vaticano II. Também tiveram participações em movimentos sociais como a Ação Católica, a Ação Popular e também na Juventude Universitária Católica. Após o golpe militar de 1964 esses movimentos foram enxergados como laboratórios de idéias comunistas. Os seus integrantes passaram então a ser perseguidos pelo regime militar.
O que mais incomodava o governo era o fato de a população carente encontrar na Igreja um amparo, uma voz. Um dos líderes desse movimento e que foi bastante criticado foi D. Helder Câmara. O religioso dizia que “quando dou pão aos pobres, chamam-me de santo, quando pergunto pelas causas da pobreza, me chamam de comunista”.

sexta-feira, 4 de setembro de 2009

NÃO EXISTE CULTURA SUPERIOR NEM INFERIOR


EXEMPLO DE ACULTURAÇÃO DOS ÍNDIOS DESDE A CHEGADA DOS PORTUGUESES ÀS TERRAS BRASILEIRAS:

No início do século XVI os indígenas do Brasil, principalmente os Tupinambás apreciavam uma bebida, no mínimo curiosa, não apenas pelo seu teor alcoólico e efeito alucinógeno, mas pelo ritual que a cercava e também pela maneira com era feita. Trata-se do cauim, uma espécie de aguardente produzida pela fermentação da mandioca, misturada com milho e frutas.
As cauinagens – assim eram chamadas pelos europeus as reuniões onde se consumia a bebida – aconteciam em volta de uma fogueira do lado de fora da maloca (moradia dos índios) e faziam parte da comemoração pela captura de inimigos e alegravam o ambiente da antropofagia.
O cauim era trazido pelas mulheres, que o preparavam mastigando os ingredientes e depois cuspindo em jarros onde ficava armazenado até fermentar. A antropofagia já não assustava tanto, mas esse processo já era suficiente para deixar os europeus estarrecidos.
Um dos opositores das cauinagens, José de Anchieta, deixou clara sua aversão à iguaria nativa, descrevendo assim em 1584, sua fabricação, "este vinho fazem as mulheres, e depois de cozidos as raízes ou o milho, os mastigam porque com isso dizem que lhe dão mais gosto e o fazem ferver mais".
Mas havia também quem elogiasse ou comentasse com certa ironia a bebida indígena, ao comparar com o processo de fabricação dos vinhos europeus, visto que os vinhateiros se utilizavam dos pés, muitas vezes calcados de botas, para "esmagar" as uvas. Sabe-se lá o que se passou por estes pés durante o referido processo...
A embriaguez causada pelas cauinagens incomodava demais os colonizadores, na sua maioria católicos. O descontrole causado pelo cauim era algo assustador, tanto que os missionários passaram a discutir estratégias para combater o que chamavam de pecados voluntários, que eram os festejos regados a cauim.
Os padres passaram a contar com a ajuda das mulheres, pois eram elas que preparavam a bebida. Sendo aos poucos cristianizadas, as índias foram deixando de produzir o cauim, chegando até a quebrar os jarros para fermentação e proferir discursos contra a bebedeira.
Outra medida adotada foi a de estimular os meninos nativos, desde cedo, a não praticar as cauinagens. Mas como se tratava de um pecado difícil de vencer, nem sempre resultava em sucesso. Por fim, depois de muitos esforços, conseguiram eliminar as cauinagens dos Tupinambás.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

VAI CAIR NA PROVA DA 2001 EJA:

A ERA DAS REVOLUÇÕES
Nesse bimestre vamos abordar alguns exemplos históricos da influência do Iluminismo. Os ideais de igualdade, liberdade e fraternidade foram representados de várias formas, como leis, sistemas de governo, doutrinas econômicas, organizações sociais, etc.
De maneira geral, a História registra dois momentos bastante significativos, que tiveram como base as idéias iluministas. Um deles foi a independência dos Estados Unidos, cujos idealizadores encontraram na liberdade o argumento principal para libertar as “treze colônias” do jugo da Inglaterra. Para eles, os o monopólio comercial, uma das bases Sistema Colonial, atrapalhavam o desenvolvimento da economia e desafiavam a soberania da nação americana.
Outro movimento, mais complexo, que marcou uma nova era na história da humanidade foi a Revolução Francesa. Para se ter uma idéia, os movimentos de independência das colônias latino-americanas, inclusive do Brasil, foram inspiradas nos franceses. A Constituição Brasileira, por exemplo, começa com um princípio básico do iluminismo e defendido pelos revolucionários franceses: “todos são iguais perante a lei”, embora na prática, nossa realidade seja bem diferente.
A divisão do Estado em três poderes (executivo, legislativo e judiciário) é também uma herança da Revolução Francesa.
O termo revolução serve para definir uma mudança profunda na estrutura de uma sociedade. Quando mudam as leis, a economia, a forma de organização do Estado, a cultura etc, essa mudança pode significar uma revolução, desde que a maioria da população adote tais mudanças. Mesmo quando a sociedade resiste a essas modificações, essa resistência pode representar uma revolução, desde que sejam rompidas as estruturas anteriores e estabelecidas novas diretrizes. A história, nesse caso, é a grande responsável por determinar o que é ou não é uma revolução. Vale lembrar que não podemos confundir revolução com guerra. Nem toda revolução é uma guerra. Nesse caso, temos como exemplo a Revolução Industrial, na qual a Inglaterra foi pioneira. Também nem toda guerra se converte numa revolução.
No caso da Revolução Francesa, os confrontos foram inevitáveis, pois não seria fácil romper com uma estrutura secular de imposição do Antigo Regime. Os conflitos, recuos, algumas derrotas fizeram parte de todo o processo revolucionário, que durou quase um século para que fossem firmadas as bases daqueles ideais.
No Brasil colônia, as notícias da adesão popular e da força do movimento ganharam as ruas e as páginas dos jornais, desencadeando levantes como a Conjuração Baiana e a Inconfidência Mineira, no final do século XVIII. As elites coloniais, revoltadas com as cobranças abusivas de impostos por parte da Coroa portuguesa, reuniam-se clandestinamente, a fim de organizar o rompimento com Portugal e a conseqüente emancipação.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

PARA A TURMA 1001 EJA

COMO ENTENDER A CHEGADA DOS PORTUGUESES ÀS TERRAS BRASILEIRAS
Os portugueses foram os pioneiros no processo de desenvolvimento da navegação em alto mar – a chamada expansão marítima e comercial. O entendimento desse assunto é fundamental para que possamos compreender a formação do povo brasileiro, assim como os nossos costumes e tradições.
A chegada dos europeus ao Brasil não se deu por acaso. No século XV, quando Portugal e Espanha alcançaram o status de grandes potências econômicas, a mentalidade dos governantes daqueles países girava em torno da acumulação de metais preciosos, ou seja, um comércio exterior onde o volume das exportações deveria sempre ser maior que o das importações. Resumindo: ser uma nação soberana significava ter muito dinheiro acumulado. Esse dinheiro era obtido, em grande parte, através do comércio exterior. As especiarias compradas no Oriente eram revendidas para Holanda, Espanha, Inglaterra, França, etc.
Garantir a manutenção desse negócio não era fácil para os comerciantes.
Pagamento de impostos ao governo, custos elevados para a manutenção das naus (navios), naufrágios e outros prejuízos faziam parte do empreendimento feito pelos comerciantes e navegadores.
A partir da primeira metade do século XV, ao mesmo tempo em que eram empregadas novas tecnologias para facilitar a navegação, tornava-se cada vez mais difícil chegar ao Oriente pela rota tradicional, o Mar Mediterrâneo, que liga a Europa ao Norte da África e ao Oeste da Síria. Na época os muçulmanos passaram a dominar aquela região e, a essa altura, travar uma guerra era o que menos interessava, tanto ao governo quanto aos empreendedores. Foi aí que os navegadores passaram a usar em larga escala os recursos mais sofisticados como a bússola, o astrolábio e a cartografia, o que ajudou bastante a encontrar rotas alternativas ao Mar Mediterrâneo.
A primeira alternativa foi contornar o litoral africano, pois a situação geográfica de Portugal e Espanha favorecia este trajeto. A partir de 1415 as possibilidades começaram a surgir, com a conquista de Ceuta, um importante entreposto comercial da África. Em 1487 Bartolomeu Dias finalmente consegue atravessar o Cabo das Tormentas - um trecho bastante perigoso até então intransponível – concluindo assim todo o contorno do litoral africano. Em 1498 Vasco da Gama chega a Calicute, na Índia.
Vasco da Gama foi, na verdade, uma espécie de mentor de Cabral, visto que em meio a seus pertences o comandante da nau capitânia levava consigo um manuscrito de Vasco da Gama onde este havia relatado orientações para que a armada cabralina não fosse surpreendida em alto mar, como se fosse um manual para atingir as Índias. De fato, todo cuidado era necessário, pois em meio ao trajeto a ser realizado pela armada de Cabral havia, pela frente, a necessidade de passar pelo Cabo das Tormentas, assim denominado pelos marinheiros mais expostos. Mas, este termo também foi rebatizado por D. João II por Cabo da Boa Esperança, chamado pelos determinados estudiosos dos mares como. Vasco da Gama conseguiu vencê-lo sempre mantendo o rumo a oeste, contrariando a tese do genovêz Cristóvão Colombo.
Difícil relatar sem revelar o prazer, ou melhor, o alívio de toda tripulação de Cabral no momento da manhã de 22 de abril de 1500, quando na oportunidade, é avistado um monte muito grande e revestido de arvoredos esverdeados, lindos. A armada ancorou-se a 36 Km da costa, ou como na época, à 6 léguas de distancia da hoje denominada Bahia de Todos os Santos.

segunda-feira, 24 de agosto de 2009

ATENÇÃO TURMA 3001 EJA!!! CLIQUE AQUI E VEJA FOTOS DOS ANOS DE CHUMBO

O GOLPE MILITAR DE 1964

Vamos partir do princípio em que o golpe militar foi resultado de uma crise do populismo.
O populismo é uma forma de governar, onde o presidente exerce todo o seu carisma com o objetivo de atrair para a simpatia das camadas mais pobres. Aumentos salariais, grandes obras, benefícios sociais, tudo cercado por uma grande propaganda. Para conter a insatisfação da burguesia e garantir maior adesão nacional, são feitas também algumas concessões políticas e fiscais aos empresários e grandes proprietários de terras. É o que denominamos governabilidade, ou seja, num regime democrático, o presidente precisa negociar com os parlamentares para que seus projetos sejam aprovados pela maioria e assim, teoricamente, a população fica sempre do lado de quem governa.
No caso do presidente João Goulart, este não teve a mesma sorte de outros presidentes populistas, como Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas, que apesar de terem sofrido algum desgaste político, conseguiram entrar para a história como os presidentes que mais trabalharam pela melhoria na qualidade de vida dos brasileiros.
Jango também tinha grandes projetos, como um conjunto de reformas que abrangiam a economia (reforma tributária), a educação e a questão da distribuição de terras aos trabalhadores rurais (reforma agrária), também chamadas reformas de base. Porém, a realização desses e de outros projetos contrariavam interesses dos mais ricos. A articulação com o Congresso Nacional era difícil. Jango não tinha maioria no Parlamento.
A ascensão de Jango a presidência foi um dos momentos mais claros da crise do populismo. Em agosto de 1961, o presidente Jânio Quadros renunciava, após sete meses de governo. Segundo a Constituição o substituto imediato era o Vice-presidente, no caso, João Goulart.
Latifundiário do Rio Grande do Sul, Jango ascendeu à política nacional pelas mãos de Getúlio Vargas, de quem era considerado uma espécie de “discípulo”. Foi ministro do trabalho de Vargas, Vice-presidente de JK e era, em 1961, Vice-presidente da República, representando a política populista do PTB. Visto como esquerdista e, portanto, uma ameaça, pelos setores mais conservadores, teve sua posse barrada pelas pressões políticas comandadas pelo grande partido de oposição da época, a UDN e pela cúpula militar. Tal iniciativa era defendida abertamente por setores da imprensa como o jornal O Estado de São Paulo que no dia 29 de agosto afirmava: “...a solução moral é a desistência espontânea do sr. João Goulart ou então a reforma da Constituição, que retira-se ao Vice-presidente da República o direito de suceder ao presidente..." - O mesmo tem acontecido com José Sarney que, diferente de João Goulart vem sendo acusado de várias irregularidades.
Ao mesmo tempo formou-se a partir do Rio Grande do Sul, a " Rede da Legalidade" defendendo o cumprimento da Constituição, garantindo a posse de Jango.
A saída para tal crise passou longe de uma solução para o problema, enveredando para uma situação conciliatória com a aprovação de uma emenda à Constituição que instituiu o parlamentarismo no país. Dessa maneira a Constituição foi cumprida com a posse do Vice-presidente e os setores conservadores tiveram seu desejo atendido, pois Jango não seria efetivamente governante do país.
De setembro de 61 a janeiro de 63 o Brasil viveu sob o sistema parlamentarista. No modelo adotado cabia ao presidente a indicação do primeiro ministro e a formação do Gabinete (conjunto de ministros), que deveria ser aprovado por 2/3 do Congresso Nacional. Ao mesmo tempo em que procurava mostrar que o parlamentarismo não servia, Jango procurava contornar a grande rejeição ao seu nome no meio militar. Adotou uma política mais conciliatória, chegando a viajar aos EUA, com o intuito de melhorar as relações com aquele país e ao mesmo tempo obter ajuda econômica. O discurso moderado e a paralisia política abriram caminho para a campanha para a antecipação do plebiscito, marcado para 1965, onde a maioria da população votou pela volta ao presidencialismo.

O governo de Jango começou a desmoronar com o fracasso na política externa, pois o Brasil dependia de empréstimos para a realização das Reformas de Base e a contenção da inflação. As tentativas de negociação com os EUA e com o FMI podem ser consideradas como um fracasso. O pequeno empréstimo vindo dos EUA estava vinculado aos efeitos das medidas antiinflacionárias; a desconfiança em relação ao Brasil era muito grande.
Enquanto a inflação caminhava, Jango perdia suas bases de sustentação política, tanto de setores moderados do PTB, seu próprio partido, como do PSD ( que aproximava-se do conservadorismo da UDN), assim como da ala esquerda do PTB e das organizações sindicais.
A primeira manifestação política que deixou evidente a fraqueza do governo foi a Revolta dos Sargentos (12/9/63), quando cerca de 600 soldados tomam prédios públicos em Brasília, quebrando a hierarquia com o pretexto de contestarem o direito se candidatar nas eleições.
Enfraquecido pela crise econômica e pelas pressões internas e externas, Jango voltou-se para os grupos mais a esquerda, aliando-se a Leonel Brizola e Miguel Arraes e buscava apoio nos sindicatos e organizações estudantis. Em contrapartida, os setores conservadores organizavam-se através do IBAD (Instituto Brasileiro de Ação Democrática) financiada pela Embaixada dos EUA, e através do IPES, organização do empresariado paulista
No dia 13 de março realizou-se o comício da Central do Brasil, onde Jango proclamava as Reformas de Base, decretando o início do processo de reforma agrária. A reação conservadora veio seis dias depois em São Paulo, com a Marcha com Deus e a família pela liberdade, organizada pela Igreja Católica, reunindo as camadas médias.
A postura do Presidente da República frente o "Levante dos Marinheiros" do dia 25 pode ser considerada como a gota d’água para a organização concreta da conspiração golpista, tendo como articuladores o Marechal Castelo Branco, o General Mourão Filho e o General Kruel, além dos governadores de Minas Gerais, Magalhães Pinto e do Rio de Janeiro, Carlos Lacerda. Também os governadores de São Paulo e Rio Grande do Sul apoiaram o golpe.
No dia 30 de março as tropas do General Mourão Filho começam a se deslocar para o Rio de janeiro. É o início do movimento militar, já previsto pelos mais variados setores da sociedade. Jango enviou tropas do Rio de janeiro para conter os militares mineiros, porém, tanto o 1° como o 2° exército aderiram ao movimento.
Em 1° de abril Jango deslocou-se para o Rio Grande do Sul e desistiu de organizar um movimento de resistência, apesar das pressões de Brizola.
Em Brasília Auro de Moura Andrade declarou vago o cargo de presidente e seguiu a prática Constitucional, empossando Ranieri Mazzili, que era o presidente da Câmara do Deputados. O governo norte americano foi o primeiro a reconhecer a nova situação.
Consolidava-se a reação conservadora, comandada pelos militares, que eliminavam definitivamente o populismo, abalado há muito tempo por suas próprias contradições internas.

FONTE: www.historianet.com.br

domingo, 16 de agosto de 2009

ACABARAM AS FÉRIAS

Olá, amigos! Estou de volta aqui no blog. Nos próximos dias postarei algumas questões de vestibular e outras criadas por mim mesmo, para que o aluno possa exercitar e aprimorar seus estudos.
Na medida do possível, comentarei algumas questões e vou sugerir leituras e filmes. Para os alunos do Lourenço Filho, desejo um bom retorno e sucesso nos estudos.
Meste retorno, merece destaque um assunto que, apesar de não ser novidade na história do nosso país, tem ocupado bastante os noticiários, que é a crise do Senado. O senador e ex-presidente da República José Sarney revelou-se um mentiroso da pior espécie e parece que se acostumou a fazer o que bem entende com o dinheiro público e delirar com a confiança que a população depositou em suas idéias.
Claro que ele não é o único, não foi o primeiro e muito menos será o último a debochar do sofrimento de um povo que trabalha duro e carrega esse país nas costas.
O Senado é uma das instituições mais importantes da democracia, um dos pilares da representação popular e não pode ser destruído por essa gente que pensa que o brasileiro ainda é aquele povo que aceita tudo calado e só é patriota quando chega a Copa do Mundo.
As coisas mudaram, Zé! Pode até demorar um pouco para que os netos da minha geração desfrutem de um Brasil mais justo, mais exigente, mais crítico, onde políticos como VOCÊ não tenham sequer a chance de concorrer a síndico ou presidente do clube de sueca.
Mas agora chega. Acabou a farra! Coloque sua viola no saco (mas somente se a viola for realmente sua) e saia do Senado. Faça melhor: desapareça da vida pública. Para ficar bem na foto, leve todos aqueles que VOCÊ nomeou ilegalmente. E, se possível, assuma para si mesmo que VOCÊ foi um carrasco do povo quando resolveu apoiar a ditadura, um covarde quando mudou de lado e foi para o PMDB, um desastre como presidente da República e uma farsa enquanto parlamentar. Para o bem de 191 milhões de brasileiros, incluindo VOCÊ, SAIA DO PODER, SARNEY!!!

domingo, 28 de junho de 2009

VAI COMEÇAR O DESAFIO

1- O movimento que conduziu Getúlio Vargas ao Poder foi:

a) o golpe de 1964
b) as eleições de 1985
c) a revolução de 1930
d) a Inconfidência Mineira

2- Durante a década de 1920, os centros urbanos, principalmente as capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, viveram momentos de conflito social, greves dos operários e intensa agitação política. Tudo isso foi motivado pelo crescimento do setor:

a) agrícola;
b) pecuarista;
c) industrial;
d) comercial.

3- A “Revolução” de 1930, que conduziu Getúlio Vargas à presidência do Brasil, pôs fim a uma estrutura de poder comandada pelas oligarquias paulista e mineira. Essa estrutura denominava-se:

a) “República da Espada”.
b) “República do café com leite”.
c) “República dos coronéis”.
d) “República dos farrapos”.

4- As agitações sociais e a luta operária, que chegaram a ser vistas como “caso de polícia” pelo presidente Washington Luís, foram ideologicamente provocadas:

a) pelo movimento anarquista e pela influência da Revolução Socialista Russa;
b) pelo avanço das idéias nazistas que motivaram os trabalhadores;
c) pela campanha abolicionista e pelo movimento republicano;
d) pela Semana da Arte Moderna, ocorrida em São Paulo em 1922;

5- A crise econômica de 1929 atingiu o Brasil no setor que movimentava as maiores somas de capital, que era:

a) a produção/exportação de cana-de-açúcar;
b) a produção/exportação de componentes eletrônicos;
c) a produção/exportação de borracha;
d) a produção /exportação de café.

6- Das afirmativas abaixo:
I - A crise econômica de 1929 contribuiu para o agravamento da crise política que culminou com a “Revolução” de 1930.

II – Nas eleições de 1º de março, o apoio de Minas Gerais à candidatura de Getúlio Vargas e João Pessoa ocorreu em função de divergências na “política do café com leite”.

III – Na Revolta Constitucionalista de 1932, os paulistas tinham como objetivo implantar um regime socialista.

IV – O Golpe de 1937 e a implementação do Estado Novo suspenderam as garantias constitucionais, porém, mantiveram a liberdade de imprensa.

a) todas estão corretas;
b) apenas I e II estão corretas
c) apenas III e IV estão corretas
d) todas estão erradas.

7- Durante a vigência do Governo Vargas, nos anos 30, a grande preocupação foi com a chamada “questão social”. São medidas tomadas durante esse período, EXCETO:

a) incentivo à organização sindical autônoma dos trabalhadores;
b) criação da legislação trabalhista e previdenciária;
c) fixação do limite máximo de 8 horas;
d) aumento da intervenção do governo nas questões trabalhistas após a instauração do Estado Novo (1937).

8- As eleições para a Assembléia Constituinte, que aconteceram em maio de 1933, foram as primeiras realizadas após a Revolução de 1930 e apresentavam algumas diferenças em relação às da Primeira República. A principal delas é:

a) participação feminina;
b) a participação dos analfabetos;
c) o voto facultativo;
d) a urna eletrônica.

9- A Constituição de 1934 ajudou a implementar uma marca importante da participação de Getúlio Vargas na política brasileira, que foi:

a) a política trabalhista;
b) a liberdade de imprensa;
c) a fundação do Partido Comunista;
d) a reforma agrária.

10- Em 1935 ocorreu um levante armado nos quartéis de Natal, Recife e Rio de Janeiro, denominado Intentona Comunista. Os líderes desse levante tinham como objetivo:

a) protestar contra as imposições do governo
b) defender o governo contra a ação dos comunistas
c) defender os homossexuais
d) protestar contra o voto feminino

11- Durante o Estado Novo (1937 a 1945), a relação de Getúlio Vargas com a oposição era de:

a) cordialidade
b) indiferença
c) rivalidade
d) lealdade

12- Entre as medidas tomadas por Getúlio Vargas contra seus opositores estavam:

a) Um acordo de cooperação entre as diferentes forças políticas que eram contra o Estado Novo.
b) A convocação de eleições diretas para presidente
c) A realização de um plebiscito.
d) Censura à imprensa e prisão dos suspeitos de comunismo.

13- Getúlio Vargas ficou conhecido como:

a) “O Presidente Bossa Nova”
b) “O Pai da Educação”
c) “O Pai dos Pobres”
d) “O Rei das Obras”

14- Por atender a antigas reivindicações dos trabalhadores como férias, salário mínimo e jornada de 8 horas, Getúlio Vargas ficou conhecido como:

a) “O ditador do povo”;
b) “O general da banda”
c) “O pai da educação”
d) “O pai dos pobres”

15- Apesar de ainda contar com grande apoio popular e também exercer uma forte repressão, várias manifestações ocorreram exigindo o fim do “getulismo”. Entre correntes ideológicas e partidos diversos, todos lutavam por objetivo comum, que era:

a) a redemocratização do Brasil;
b) o aumento do salário mínimo;
c) o fim da política trabalhista;
d) a centralização do poder.

16- O curto governo de Jânio Quadros foi objeto de controvérsias, entre outras razões, devido ao seguinte fato:

a) desenvolveu uma política externa de aproximação com países da área socialista, apesar de ter sido eleito por setores políticos conservadores;
b) assumiu uma postura radicalmente contrária aos países socialistas, rompendo relações como Cuba e China;
c) reafirmou seu apoio às correntes parlamentares que o elegeram, aliando-se ao PCB e ao PTB;
d) estimulou uma política de reforma de bases visando à modernização do Brasil.

17- Leia o trecho abaixo:

“Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo condenaram-me novamente e se desencadeiam sobre mim. [...] Sigo o destino que me é imposto. Depois de decênios do domínio e espoliação dos grupos econômicos e financeiros internacionais, fiz-me chefe de uma revolução e venci. Iniciei o trabalho de libertação e instaurei o regime de liberdade social. Tive de renunciar. Voltei ao Governo nos braços do povo. A campanha subterrânea dos grupos internacionais aliou-se à dos grupos nacionais revoltados contra o regime de garantia do trabalho. A lei dos lucros extraordinários foi detida no Congresso. Contra a justiça da revisão do salário mínimo se desencadearam os ódios. [...] Se as aves de rapina querem o sangue de alguém, querem continuar sugando o povo brasileiro, eu ofereço a minha vida. Escolho este meio de estar sempre convosco”.
(DEL PRIORE, Mary. Documentos de história do Brasil: de Cabral aos anos 90. São Paulo:Scipione, 1997. p. 98.99)

Pode-se afirmar que o trecho acima faz parte:

a) da proposta de reformas de base do presidente João Goulart;
b) carta de renúncia do presidente Jânio Quadros, em 1961;
c) carta-testamento do presidente Getúlio Vargas, de 1954;
d) declaração ao povo brasileiro feita pelo governador do Rio Grande do Sul, Leonel Brizola, em 1962.

18- Em 1961, quando houve a renúncia de Jânio Quadros, grupos militares e políticos anticomunistas estavam dispostos a impedir a posse do vice-presidente João Goulart, que estava em visita oficial à China. A resistência ao golpe foi liderada por Leonel Brizola através da “Campanha da Legalidade”. Os golpistas perceberam que, se insistissem em impedir a posse de Jango, o país mergulharia numa guerra civil. Mesmo assim, o Congresso encontrou uma solução:

a) instituiu a monarquia como sistema de governo;
b) introduziu o sistema parlamentarista de governo;
c) aprovou a reeleição do presidente;
d) convocou novas eleições para presidente.

19- a ditadura do Estado Novo (1937 a 1945) e a dos governos militares no Brasil (1964 a 1985) têm como ponto comum, dentre outros, a:

a) censura à imprensa;
b) luta contra o anarquismo;
c) defesa dos direitos humanos;
d) fundamentação na ideologia nazista.

20- A vitória do golpe militar de 1964 foi fruto da:

a) decisão da maioria absoluta do Congresso Nacional de votar as reformas de base propostas pelo presidente João Goulart;
b) descontentamento dos militares, que representavam forças conservadoras e os interesses dos sindicatos e partidos de esquerda;
c) união dos interesses militares e do capital estrangeiro contra a burguesia nacional;
d) crise do Estado populista e da radicalização do movimento de massas exigindo reformas de base, a retirada do apoio a João Goulart.

LUTO



















Se Michael Jackson fez algum mal, foi a si mesmo. Para quem admira um artista deste porte, as polêmicas sobre sua personalidade, suas manias e sua vida pessoal, são o que menos importam nesse momento.
Numa quinta-feira, 25 de junho de 2009, um astro saiu de cena. Naquele momento uma lenda entrou para a História.

sábado, 20 de junho de 2009

INTOLERÂNCIA RELIGIOSA TAMBÉM É CRIME (clique aqui e leia a reportagem do Jornal Extra)

É ridículo, para não dizer absurdo que, em pleno século 21, com a quantidade de informações à disposição de qualquer brasileiro, além das atrocidades que os livros de história estão amarelos de mostrar, que pessoas que se dizem cristãs, insistem em atacar e ofender outros credos comos quais não concordam. No capítulo 5, versículo 22 do livro de Mateus, Jesus diz: "Eu, porém, vos digo que qualquer que, sem motivo, se encolerizar contra seu irmão, será réu de juízo; e qualquer que disser a seu irmão: Raca (1), será réu do sinédrio; e qualquer que lhe disser: Louco, será réu do fogo do inferno". No mesmo capítulo, verso 44, está escrito: "Eu, porém, vos digo: "Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus". Portanto se Jesus recomendava esse comportamento diante de inimigos, para os intolerantes, aqui a medida deve ser extendida aos que professam uma religião diferente da sua, ou seja, ainda que o indivíduo entenda como iguais os ladrões, os homicidas, os umbandistas, muçulmanos, budistas, etc, estará ele desobedecento a ordem divina de ter para com eles compaixão e tolerância incondicionais.
(1) - raca era um expressão usada para designar o som de um escarro, sinal de desprezo e intolerância.
Como cidadãos conscientes e seres humanos inteligentes que somos, devemos repudiar, sim, o desrespeito a toda opinião com a qual não concordamos. Num país democrático e multicultural, estejamos atentos às regras pelas quais tanto lutamos. Podemos discordar de tudo, porém sem ofender quem quer que seja. Caso contrário, pagaremos o preço, seja pela lei dos homens, seja pela lei de Deus. ambas condenam esse tipo de comportamento. Lembremos ainda das inconsequências do fundamentalismo islâmico, pelo lado religioso, assim como a intransigência política dos Estados Unidos, que conduziram à desastrosa e sangrenta guerra no Iraque, além do conflito milenar entre palestinos e judeus no Oriente Médio.
No Brasil que todos nós queremos não há espaço para isso.
Como disse meu amigo Vinícius Lessa: "Foram os fanáticos que crucificaram Jesus"

domingo, 14 de junho de 2009

ANTENA 1 FM DEIXA SAUDADES E CRIA REVOLTA (clique aqui e saiba mais)

No dia 1 de junho mais uma página (triste) foi escrita na história do Rádio no Brasil. Até então eu estava um pouco resistente a escrever sobre rádio aqui no blog, mas este episódio lamentável não poderia passar em brancas nuvens. Digo lamentável porque é ao que temos assistido nos últimos 20 anos no mercado de rádio.
O Rádio é um veículo mágico, atraente e, desde a sua invenção, é o companheiro fiel de porteiros, donas de casa, advogados, doentes, estudantes, etc. Enfim, ninguém se sente só enquanto tem um rádio ao seu lado.
No motel, no escritório, no hospício, no transporte. Em qualquer lugar o rádio está presente. E as emissoras, com a sua programação e seus comunicadores cativam o público de tal maneira que chegam a se tornar íntimos dos ouvintes. Existem, por exemplo, pessoas que têm horários específicos para ouvir determinada emissora ou locutor. Como diz o professor José Carlos Araújo, "rádio é hábito".
Por conta dos custos e dos lucros que fomentam o negócio de rádio, temos observado que algumas emissoras, ou melhor, alguns empresários têm abandonado esse conceito. Claro que há exceções, pois ajustes devem ser feitos em função da audiência e da própria evolução da sociedade. As leis mudam, os conceitos mudam, o esporte muda, e os hábitos também mudam.
O rádio acompanha isso.
O que falo aqui é do uso que tem sido feito da concessão pública mediante prestação de serviços que são os canais de rádio.
Muitos detentores de concessões, ou seja, donos de emissoras estão alugando seus canais para igrejas, empresas de telefonia, seguradoras, e até mesmo para outros grupos de comunicação, como foi o caso da transação entre a gestão da Antena 1 e a empresa que detem a marca NATIVA FM.

Vários fatores conduzem a processos como esse: redução de custos, crise econômica, morte, doença ou busca pelo lucro (fácil) por parte de quem detem a concessão.
Nesse último caso a matemática é simples. O que seria mais cômodo e lucrativo quando você é dono de uma concessão pública para prestação de serviços, podendo fazer dela o que bem entende? Manter um quadro de funcionários cujos salários depende de metas do departamento comercial (que fique claro, uma rádio se mantém através de venda de espaço para propaganda), comprar e manter equipamentos caros, na maioria das vezes importados, selecionar profissionais competentes e remunerá-los em dia, ou simplesmente alugar o canal para outra empresa e receber em sua conta bancária uma boa quantia fixa, que lhe pouparia todo esse "quebra-cabeça" e lhe faria muito mais feliz?
Às vezes, há casos inevitáveis e compreensíveis, como por exemplo, o falecimento do detentor da concessão que não tem filhos, ou se os tem, eles reconhecem não ter competência para gerenciar o negócio, ou simplesmente não atuam nessa área. Penso que antes mesmo do rádio ser inventado já existia alguém apaixonado por ele. E é essa paixão que o mantém.
Porém, como citei no início da postagem, nos últimos vinte anos vem ocorrendo um verdadeiro "leilão" de canais, que acaba tirando empregos de pais e mães de família, afastando do rádio pessoas competentes e que são capazes de dar a vida pelo que fazem.
Se antes existia um debate velado sobre o "jabá", que nunca sequer chegou ao Poder Legislativo e nem sequer sensibilizou o Poder Judiciário, surgem agora novas reflexões:
1) Num país cujo povo sofreu as agruras da ditadura militar e da censura durante vinte anos, teve a comunicação cerceada, a cultura limitada aos caprichos dos generais, a imposição desse "Frankstein" que é A Voz do Brasil em horário obrigatório, e que se propõe ser um modelo de democracia, por que o rádio está servindo de muleta para sustentar projetos pessoais ou de determinadas empresas ou instituições?
2) Grandes empresas que exigem do trabalhador o registro profissional, para que o ofício seja exercido por quem realmente tem competência para tal, embora haja uma controvérsia, já que para ser competente o profissional precisa ter experiência e para isso ele precisa de oportunidade. Contudo, o registro é pessoal e intransferível. Já pensou se eu desistisse de ser locutor e resolvesse alugar o meu registro profissional para outro cidadão?
3) O governo é quem determina quem deve e quem não deve deter uma concessão de rádio. Por que essa concesão não é temporária, sendo renovada segundo a sua gestão? Exemplo: quantos empregos ela gerou ou manteve naquele período, será que a empresa está em dia com os impostos e obrigações trabalhistas? Caso contrário a concesão deveria ser devolvida ao governo e transferida, mediante licitação, a pessoa jurídica que comprove pertencer à area de comunicação e possuir saúde financeira para tal. Assim como não devemos ter advogado fazendo prescrição médica, pedreiro assinando planta de obra, médico dando sentença judicial, não podemos qaceitar num universo cultural como o Brasil, essa farra em que se transformou o mercado radiofônico no país.
Várias manifestações ocorreram, como no caso do site musicabase.com, repudiando o fim da Antena 1 FM, que ficou no ar durante 28 anos e conquistou uma legião de ouvintes. Em seu lugar entrou a Nativa FM, que ocupava a frequência 96,5 Mhz. Esssa última agora retransmite a programação da RADIO TUPI AM, ou seja dois canais transmitem a mesma programação. A justificativa é de que, pela qualidade do som, há uma tendência dos ouvintes abandonarem o AM e esta faixa ficar obsoleta, já que a maioria dos novos equipamentos portáteis como celulares, IPODs e aparelhos de MP3 não possuem o AM.
Meus respeitos aos companheiros da Nativa FM, que são excelentes priofissionais, muitos deles com os quais trabalhei e aprendi. Que esse novo caminho seja de muito sucesso e como o amor que vocês têm de sobra para o rádio e para os ouvintes.
Aos colegas da Antena 1, obrigado pelas horas em que fui contemplado com a excelente progtramação, feita com requinte e bom gosto, que sempre foram a sua marca. Sei que o mercado, embora restrito e com seus altos e baixos, proporcionará a todos vocês um retorno triunfal para os braços deste imenso público.
VALEU!!

domingo, 7 de junho de 2009

domingo, 31 de maio de 2009

MORRE A ÚLTIMA SOBREVIVENTE DO TITANIC



A TV BBC divulgou neste domingo (31) a morte de Millvina Dean, a última sobrevivente do naufrágio do Titanic.
Millvina vivia num asilo em Hamspshire no sul da Inglaterra e morreu aos 97 anos. Em 15 de abril de 1912, quando o famoso transatlântico afundou após bater em um iceberg no meio do oceano Atlântico, ela era um bebê de apenas nove semanas de vida.
A inglesa esteve entre os 706 sobreviventes de uma catástrofe marítima que custou a vida de 1.517 pessoas e tornou o Titanic uma lenda. A família Dean viajava no navio para começar uma nova vida e abrir uma loja de tabaco no Kansas (EUA). Na foto abaixo, Milvina Dean nos braços da mãe, poucas semanas após o acidente.


Georgetta, mãe de Millvina, e Bert, seu irmão de 2 anos, também sobreviveram, mas seu pai, Bertram, estava entre os mortos.
Após a catástrofe, a família Dean voltou a Southampton, porto do sul da Inglaterra de onde zarpou o Titanic e onde Millvina passou praticamente o resto de sua vida.
Apesar de não ter lembranças do desastre, ela sempre disse o naufrágio mudou sua vida, já que ela deveria ter crescido nos Estados Unidos em vez da Grã-Bretanha. Outro bebê, de 11 meses, estava a bordo do Titanic quando ele afundou, Barbara Joyce West. Ela faleceu em outubro de 2007, deixando Dean como a última sobrevivente do Titanic.
Recentemente, ela começou a ter dificuldades em pagar pelo quarto que ocupava no asilo e já tinha uma dívida de 3 mil libras, o equivalente a quase R$ 10 mil. Ela começou então a vender suas relíquias relacionadas ao Titanic para angariar fundos, entre elas a bolsa de pano que foi usada em seu resgate.
Os atores Kate Winslet e Leonardo de Caprio, estrelas do filme Titanic, de 1998, deram ajuda financeira à sobrevivente, assim como o diretor do longa, James Cameron, doando dinheiro para um fundo criado por amigos de Millvina Dean.

sábado, 23 de maio de 2009

Letra de "Casa No Campo" [Composição: Zé Rodrix e Tavito]

Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa compor muitos rocks rurais
E tenha somente a certeza
Dos amigos do peito e nada mais
Eu quero uma casa no campo
Onde eu possa ficar no tamanho da paz
E tenha somente a certeza
Dos limites do corpo e nada mais
Eu quero carneiros e cabras pastando solenes
No meu jardim
Eu quero o silêncio das línguas cansadas
Eu quero a esperança de óculos
Meu filho de cuca legal
Eu quero plantar e colher com a mão
A pimenta e o sal
Eu quero uma casa no campo
Do tamanho ideal, pau-a-pique e sapé
Onde eu possa plantar meus amigos
Meus discos e livros
E nada mais

BRASIL PERDE A VOZ DO ROCK RURAL




Será cremado neste sábado (23), às 12h, o corpo do cantor, compositor e multi-instrumentista Zé Rodrix, que faleceu na noite de quinta-feira (21), vítima de um enfarto agudo no miocárdio. Ele passou mal em casa e foi socorrido pelos familiares, sendo levado ao Hospital das Clínicas de São Paulo. O compositor da imortal canção “Casa no Campo”, interpretada por Elis Regina, tinha 61 anos e, segundo a família, estava muito bem de saúde.
José Rodrigues Trindade nasceu em 25 de novembro de 1947, no Rio de Janeiro. Estudou no Conservatório Brasileiro de Música e aprendeu a tocar piano, acordeão, flauta, bateria, saxofone e trompete.
Tornou-se conhecido em 1967, ao participar do Festival da TV Record, acompanhando Marília Medalha, Edu Lobo e o Quarteto Novo em “Ponteio”. Nos anos 70, fez parte da banda Som Imaginário, que gravou com Milton Nascimento. Na mesma época, Zé Rodrix compôs com Tavito a canção “Casa no Campo”, uma de suas canções mais famosas (aliás, boa parte dos admiradores de Elis Regina desconhecem o autor dessa obra prima). Logo em seguida formou um grupo com Sá e Guarabyra (1971), que ajudou a consagrar o rock rural.
Em 1973 o trio Sá, Rodrix e Guarabyra lançou o disco “Terra”. Naquele mesmo ano Zé Rodrix seguiu em carreiro solo. No fim da década de 1970, Zé Rodrix passou a fazer parte do grupo Joelho de Porco, que misturava rock e humor, com o qual gravou o LP “Saqueando a Cidade”.
Entre 1989 e 1996 assinou a direção musical dos espetáculos "Não fuja da Raia" e "Nas Raias da loucura", de Sílvio de Abreu, e do programa "Não fuja da Raia" (Rede Globo), estrelado por Claudia Raia.
Em 1993 foi contemplado com o prêmio Kikito, no Festival de Cinema de Brasilia, pela trilha sonora do filme "Batman e Robin".
Em 2001, Zé Rodrix voltou a se reunir com Sá e Guarabyra, apresentando-se no festival Rock in Rio. Nesse mesmo ano, o trio gravou o disco ao vivo "Outra vez na estrada".

domingo, 17 de maio de 2009

17 DE MAIO, DIA DAS TELECOMUNICAÇÕES E DA SOCIEDADE DE INFORMAÇÃO


No dia 17 de maio de 1865 foi criada a União Internacional de Telegrafia. Uma entidade estabelecida pelos representantes de 20 países europeus, que criaram um conjunto de normas para regulamentar o uso internacional do telégrafo.
Ao mesmo tempo em que as comunicações foram se desenvolvendo, a UIT também ampliou suas ações no sentido de coordenar o funcionamento dos meios de comunicação no mundo, tornando compatíveis, por exemplo, os diversos sistemas técnicos.
A entidade também desenvolve atividades para difundir o acesso democrático às tecnologias de comunicação e informação. Entre seus principais objetivos estão o de conectar as pessoas com deficiências e oferecer acesso pleno aos meios de comunicação à população mundial.

domingo, 10 de maio de 2009

Amigo Verdadeiro (Tim Maia - Composição: Antonio Marcos / Lincoln Olivetti)


Hei de estar aqui
Se a saudade lhe doer
Ou a sorte lhe faltar

Eu hei de estar

Hei de estar aqui
Te rever com alegria
E emoção

Eu hei de estar

E sempre haverá
Em minha vida um lugar
Pra você gente de casa
Amigo do coração

Hei de estar aqui
Na alegria e na tristeza
Tanto faz

Eu hei de estar

Hei de estar aqui
Só pra ver a tua estréia
Iluminar o céu

Eu hei de estar

Você vai conseguir
Logo chega lá
E assim amigo velho

A vida continua

Vai dar pé, boa sorte companheiro
É dificil encontrar
Um amigo verdadeiro
Muita luz muita paz no teu caminho
Mesmo longe estou contigo
Não te deixarei sozinho

(Repete)

sábado, 9 de maio de 2009

NOVO TALENTO DA MÚSICA POPULAR BRASILEIRA: Clique aqui e saiba mais



Nascido em 15/10/1983, na cidade do Rio de Janeiro, foi criado no bairro de Ramos, ao lado do famoso Cacique de Ramos. Neto de Cocada, músico, compositor e cantor e também um dos fundadores da Escola de Samba Imperatriz Leopoldinense, Bruno Sotto traz no sangue o dna do samba. Cantor, compositor, está a onze anos na estrada e já dividiu o palco com grandes nomes como Fundo de Quintal, Jorginho do Império,Carlos Caetano, Brasil e outros. Está com cd solo, verdadeiro hino de amor ao amba,produzido por seu amigo Luciano Broa. Conta sempre com a ajuda e atenção de seu pai, grande incentivador de sua carreira, também intérprete e compositor de grandes sambas, dono de uma marcante voz, que já eternizou-se no mundo do samba, Karlinhos Madureira.

quinta-feira, 7 de maio de 2009

JORNAL DA OAB PUBLICA HOMENAGEM A PROFESSORES E ESTUDANTES DESAPARECIDOS DURANTE A DITADURA MILITAR

A edição de abril/2009 do jornal TRIBUNA DO ADVOGADO publicou uma reportagem interessante sobre um ato público que ocorreu no dia 27 de fevereiro, em sua sede, na Av. Marechal Câmara, 150, no Centro do Rio de Janeiro.
O evento foi em homenagem aos professores e estudantes atingidos pelo Decreto nº 477/69, que os impossibilitou de lecionar ou freqüentar qualquer faculdade por cinco anos no decorrer da ditadura militar.
Segundo o jornal, o secretário de Direitos Humanos da Presidência da República, Paulo Vannuchi, convocou os cidadãos e as famílias atingidos pelo decreto, promovam mais ações na justiça para reivindicar a devida reparação. Para o presidente da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça, Paulo Abrão, ”o Decreto impediu as potencialidades de mudança social de uma geração inteira”. Para o secretário, esta medida ajudou a reduzir a produção científica nas universidades durante sua vigência.
O jornal listou os perseguidos políticos presentes ao ato: Nelson Rodrigues Filho, Jean Marc Von der Weid, Gilney Viana, Carlos Henrique Tibiriçá, Maurício Dias David, Fernando Padilha Freire, Rômulo Noronha e Colombo Vieira de Souza.
São pessoas às quais foi negado o direito de escolha de seus próprios caminhos, através de uma forma honesta que é o estudo. O país também se envergonha deste momento tão obscuro na nossa história. Felizmente a democracia chegou pra ficar e que ninguém jamais queira ver o Brasil sem o seu bem mais precioso que é o seu povo livre para pensar, escrever, estudar, trabalhar, falar e escolher quem o governa.
Parabéns à Ordem dos Advogados do Brasil, por ter sido anfitriã deste evento e se consolidar como “a Casa da Sociedade” e também ao jornalista Vitor Fraga, responsável pela reportagem.

domingo, 3 de maio de 2009

Olá amigos! Precisei fazer algumas modificações, mas agora parece que vai. Um abraço a todos e uma ótima semana, com muita paz e saúde em todos os lares.