terça-feira, 25 de agosto de 2009

PARA A TURMA 1001 EJA

COMO ENTENDER A CHEGADA DOS PORTUGUESES ÀS TERRAS BRASILEIRAS
Os portugueses foram os pioneiros no processo de desenvolvimento da navegação em alto mar – a chamada expansão marítima e comercial. O entendimento desse assunto é fundamental para que possamos compreender a formação do povo brasileiro, assim como os nossos costumes e tradições.
A chegada dos europeus ao Brasil não se deu por acaso. No século XV, quando Portugal e Espanha alcançaram o status de grandes potências econômicas, a mentalidade dos governantes daqueles países girava em torno da acumulação de metais preciosos, ou seja, um comércio exterior onde o volume das exportações deveria sempre ser maior que o das importações. Resumindo: ser uma nação soberana significava ter muito dinheiro acumulado. Esse dinheiro era obtido, em grande parte, através do comércio exterior. As especiarias compradas no Oriente eram revendidas para Holanda, Espanha, Inglaterra, França, etc.
Garantir a manutenção desse negócio não era fácil para os comerciantes.
Pagamento de impostos ao governo, custos elevados para a manutenção das naus (navios), naufrágios e outros prejuízos faziam parte do empreendimento feito pelos comerciantes e navegadores.
A partir da primeira metade do século XV, ao mesmo tempo em que eram empregadas novas tecnologias para facilitar a navegação, tornava-se cada vez mais difícil chegar ao Oriente pela rota tradicional, o Mar Mediterrâneo, que liga a Europa ao Norte da África e ao Oeste da Síria. Na época os muçulmanos passaram a dominar aquela região e, a essa altura, travar uma guerra era o que menos interessava, tanto ao governo quanto aos empreendedores. Foi aí que os navegadores passaram a usar em larga escala os recursos mais sofisticados como a bússola, o astrolábio e a cartografia, o que ajudou bastante a encontrar rotas alternativas ao Mar Mediterrâneo.
A primeira alternativa foi contornar o litoral africano, pois a situação geográfica de Portugal e Espanha favorecia este trajeto. A partir de 1415 as possibilidades começaram a surgir, com a conquista de Ceuta, um importante entreposto comercial da África. Em 1487 Bartolomeu Dias finalmente consegue atravessar o Cabo das Tormentas - um trecho bastante perigoso até então intransponível – concluindo assim todo o contorno do litoral africano. Em 1498 Vasco da Gama chega a Calicute, na Índia.
Vasco da Gama foi, na verdade, uma espécie de mentor de Cabral, visto que em meio a seus pertences o comandante da nau capitânia levava consigo um manuscrito de Vasco da Gama onde este havia relatado orientações para que a armada cabralina não fosse surpreendida em alto mar, como se fosse um manual para atingir as Índias. De fato, todo cuidado era necessário, pois em meio ao trajeto a ser realizado pela armada de Cabral havia, pela frente, a necessidade de passar pelo Cabo das Tormentas, assim denominado pelos marinheiros mais expostos. Mas, este termo também foi rebatizado por D. João II por Cabo da Boa Esperança, chamado pelos determinados estudiosos dos mares como. Vasco da Gama conseguiu vencê-lo sempre mantendo o rumo a oeste, contrariando a tese do genovêz Cristóvão Colombo.
Difícil relatar sem revelar o prazer, ou melhor, o alívio de toda tripulação de Cabral no momento da manhã de 22 de abril de 1500, quando na oportunidade, é avistado um monte muito grande e revestido de arvoredos esverdeados, lindos. A armada ancorou-se a 36 Km da costa, ou como na época, à 6 léguas de distancia da hoje denominada Bahia de Todos os Santos.

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